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Le travail, l'amitié et le temps

Pendant environ trois ans, "un ami" et moi menaient plusieurs projets à la fois et ensemble. Moi, je l'appellerai dans ce texte "un ami", "mon ami" pour préserver son identité. D'abord, on était des collègues à l'Université de São Paulo. On a fait connaissance dans un groupe de recherche. Puis, on a commencé à sortir ensemble après nos réunions, pour prendre un café ou une bière. On discutait toujours sur nos recherches et nos projets pour l'avenir. Mais notre amitié à vraiment commencé pendant un voyage à un congrès. On a loué un appartement ensemble pour rester là-bas pendant une semaine, avec d'autres chercheurs, aussi nos amis en commun.  Tout était bel et bien entre nous. On se parlait presque tous les jours. On connaissait les familles l'un de l'autre. On était si proche qu'on arrivait à nous comprendre seulement avec des échanges de regards. Nos projets ensemble marchaient hyper bien. Tout le monde savait qu'on ét
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(Au) Revoir la salle de classe

 Durante toda a minha graduação em Letras, eu tive pânico de escola e de sala de aula. Minha experiência como aluna do ensino médio foi muito ruim. Simplesmente não conseguia me imaginar como professora. Na época da faculdade, eu já dava aulas particulares (de português, de francês e de redação) há um certo tempo, mas a gestão de turmas e de conteúdos não estava no meu horizonte profissional. Ao mesmo tempo, eu me apaixonava cada vez mais pela tradução e pela linguística do texto e do discurso. Em 2013, eu me formei e comecei a trabalhar como revisora de textos em uma empresa. Dois anos depois, em 2015, eu me mudava de empresa e vislumbrava um crescimento profissional significativo na área de revisão de textos. No entanto, em algum momento em 2016, eu passei a sentir um vazio profissional. Eu passava longas horas do meu dia imersa em textos e no silêncio. Sentia que faltava uma troca, uma vivência profissional que o texto não poderia me proporcionar. Sentia que faltava o Outro.  Foi em

Um passeio pela USP (dois anos e 3 meses após o início da pandemia)

 Fora toda a dificuldade e angústia que todos nós sentimos ao longo da pandemia e as perdas de entes e amigos queridos, cada um teve também perdas materiais e experienciais. A maior dessas últimas, para mim, foi ter realizado a defesa da minha dissertação on-line.  Sempre imaginei como seria a defesa da minha dissertação: cercada das pessoas que gosto, vestida com uma roupa bem bonita e escolhida com muito cuidado para a ocasião. No intervalo, beberia um café e uma água com gás e aproveitaria para tentar relaxar jogando conversa fora, na porta do prédio administrativo da FFLCH. Quem sabe não teria alguém tocando aquele piano maravilhoso do saguão? Poderia estar sol ou chuva, mas nada disso iria importar, porque, ao final, todos iríamos nos reunir em um lugar bem bacana para celebrar a minha conquista. Seria um momento realmente memorável. Provavelmente, eu iria esquecer de tirar fotos, porque nunca lembro mesmo, mas talvez tivesse alguma para guardar de recordação. Em todo caso, ficari

Mestra em Letras!

A experiência do mestrado foi, sem dúvida, uma das mais intensas da minha vida até o momento. Envolvi-me não somente com a pesquisa, como é exigido para a pós-graduação, mas também com o ensino na graduação e com a extensão universitária. Tudo isso sem deixar de participar dos grupos de pesquisa da USP, dos trabalhos de preparação e revisão de livros e do ensino do francês na Aliança Francesa.  O que considero de fundamental importância no meu percurso acadêmico, sobretudo na USP, foram as pessoas que eu conheci: - as que convivi mais intimamente e que se tornaram grandes amigos; - as que me procuraram nos intervalos dos congressos para trocar uma ideia sobre nossos temas de pesquisa;   - as que passaram os intervalos comigo no café da Tia Bia; - as que trabalharam comigo, dentro e fora da USP; - as que me acolheram em São Paulo. Elas eram colegas de curso, professores e alunos de graduação. Eram as pessoas que marcavam comigo viagens para congressos, saídas, reuniões. Todas e cada uma

100 aulas dadas são 100 aulas planejadas... e pensadas!

Hoje eu comemoro a minha marca pessoal de 100 (!) aulas dadas on-line na Aliança Francesa daqui de São Paulo. Foram 100 aulas dadas, 100 aulas planejadas para o ensino remoto. Algumas dessas aulas foram de 1h30, outras de 2h, outras ainda de 3h. Foram quase 300 horas de aula dadas.  Lá em março, um pouco antes do confinamento, quando eu havia acabado de comprar trocentas canetas de cores diferentes para usar no quadro branco, quando eu havia pensando e montado uma pasta para cada turma que viesse a ter ao longo do ano, as aulas presenciais foram suspensas. Os professores da AFSP passaram duas semanas inteiras em formação, de manhã e de tarde. Naquela época, eu achei que não conseguiria dar nem a primeira aula. Mas eu dei. E me senti satisfeita com meu trabalho. Meus queridos alunos não desistiram de mim no primeiro semestre, e eu dei o meu melhor por eles. Depois vieram mais turmas. Hoje entreguei mais uma turma para o módulo 2. E, com ela, minha marca de 100 aulas dadas em um contexto

Diário de prática docente e a observação das aulas

Como prof, adoro assistir às aulas de outros profs plus expérimentés , mais experientes. Sempre aprendo muito com eles e consigo identificar estratégias adotadas para o trabalho com as sequências didáticas. Tenho sei lá quantos cadernos de formações e de anotações de aulas de outros profs. Ensinar é, antes de tudo, aprender e é preciso aprender a ensinar. Dito isso, chegou o dia de eu ter minha aula observada. Quando observei as aulas de outras profs com mais experiência que eu, mas ainda assim menos expérimentées que a minha supervisora da USP (que já foi coordenadora da Aliança Francesa de São Paulo e que leciona na graduação e na pós há mais de uma década), eu percebi um certo incômodo pela minha presença. Sempre fui muito bem recebida, tanto por essas profs quanto por seus alunos. Mas era nítida uma certa timidez por ter outra prof (no caso, eu) observando a prática docente delas. Vivi até a semana passada tendo essa experiência só pelo lado de quem observa, de quem está na sa

Diário de prática docente e a luta antirracista

Isso de ser professora mexe muito comigo. Mesmo que passe apenas três horas por semana com meus alunos, em uma turma regular, sinto um carinho imenso por eles. Penso sempre neles e no que possa os interessar. Adoro acompanhar as suas conquistas e o processo de aprendizagem. Mais que isso: adoro conhecer as pessoas extraordinárias que eles são. Mathias é um dos meus alunos queridos deste semestre, "l'un des chouchoux de la maîtresse". Ele escreveu este lindo texto de reflexão sobre a época em que vivemos. Mais que recomendar a leitura, recomendo que sigam este escritor maravilhoso:  "Para você, antirracista." Aproveitei a aula de quarta, após sugerir aos alunos a leitura em casa do texto do colega de classe, para passar um vídeo do Brut, Une vie : Aimé Césaire . Isso na minha turma de módulo 1 do francês. Sim! É possível, desde o início do ensino-aprendizagem do FLE, inserir na aula documentos autênticos ligados a assuntos atuais e/ou de interesse dos al

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